Não quer entrar pra tomar uma xícara de café?

00:17

É tanta correria durante a semana que já nem sinto os dias passarem. Saio do trabalho e naquele fim de tarde de sexta feira e resolvo ir a pé pra casa, sozinho.

Caminhando a passos lentos e observando o movimento de pessoas ao meu redor, indo e vindo apressados, atrasados, falando alto ao celular, me distraio. Por um instante consigo levar minha mente pra bem longe dali, tão longe que me sindo sozinho naquela rua, tão longe que mal vejo a moça a minha frente e como já era de esperar um esbarrão me trás de volta.


Meio sem graça pela minha distração ter feito todos os pertences delas ir ao chão peço desculpas ajudando-a. Ela não reclama, não condena minha distração e percebo em teu rosto que estava tão distraída quanto eu. Aquele olhar perdido parecendo não pertencer a este mundo me intriga e mesmo sem ter direito algum questiono-a se está tudo bem.

Sem olhar diretamente para mim ela diz estar bem mas é possível notar seus olhos se enxerem de lagrimas com essa simples pergunta. Insisto em desculpar-me pensando por um segundo que o esbarrão poderia ter sido forte demais, mas ela me interrompe dizendo que vai ficar bem, e se despede.

Antes que ela se afaste percebo que estou com dois celulares idênticos nas mãos, a chamo e aproveito a entrega do celular pra me oferecer para conversar." - Prometo ficar quieto se preferir, sei só ouvir quando é preciso", me atrevo a dizer, novamente sem direito algum. Ela sorri timidamente, agradece e se vai.

Vejo ao longe ela se afastar e me viro dando continuidade a minha caminhada rumo ao descanso, desta vez não tão distraido, aquele olhar afogado em lagrimas prontas pra cair daquela moça que nem conheço não me saiam do pensamento, nem o quanto fui idiota em me oferecer pra ouvi-la assim. Chego em casa e como de costume antes de qualquer coisa me jogo na cama olhando para o teto do quarto, o cansaço me prende ali por longos 15 minutos.

Minutos esses interrompidos pelo vibrar do celular no meu bolso, pego o aparelho sem imaginar quem poderia ser e só então percebo que não era o meu, me atrevo a abrir a mensagem que diz...

- Aquele papo ainda esta de pé? Que tal me devolver meu celular e ficar pra um café? Sorrio, uma xícara de café era tudo o que eu precisava.

- Tema sugerido pela Blogagem coletivo do grupo Blogs Up -

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6 comentários

  1. Que lindo esse texto *-*
    Às vezes também ando distraída por aí, porém nunca me esbarrei com ninguém shuhsauhsau enfim, amei o texto!

    Beijos invernode1996.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Eu também Monique rsrs ou esbarro em alguém ou dançamos valsa sem saber pra que lado ir rsrss Obrigado pela visita.

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  2. Que texto bacana, gostei bastante *-*

    Beijos:*
    Dani - http://www.escritasnachuva.com/

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  3. Essas casualidades da vida são tão generosas quando nos trás quem falta para tornar a nossa rotina um tanto mais bagunçada.
    Lindo texto.
    tecontopoesia.blogspot.com.br

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