Malditas Borboletas.

11:44





…Um beijo longo, mais intenso que o primeiro ela se entregava cada vez mais mesmo querendo negar, mesmo querendo esconder que aquele carinha que não usa roupa da moda e cabelo bagunçado mexia com ela.
Ele se afasta um pouco e ela tenta aproveitar o espaço para empurra-lo, ele percebe e a puxa de novo contra seu corpo a olhando nos olhos…
- Porque tá resistindo assim, seu corpo te entrega…
- Entrega o que? Tá louco?! Me solta garoto idiota!
Ele ameaça solta-la e em seguida a aperta contra seu corpo chega sua boca bem perto da dela a ponto de sentir sua respiração. Ela suspira, fecha os olhos…Espera outro beijo. Ele não dá…Sorri e quando ela abre os olhos diz…
- Viu?! teu corpo te entrega.


 - Você tem prazer em me irritar né garoto?!
- Hahaha Lógico! rsrss você é doida …
- Eu?! Nem me conhece me atropela na calçada e no outro dia vem me beijando…E eu sou a doida?!
- Mas você gostou!
- Viu?! Me irritando de novo…
- Tudo bem! Me desculpa…Vou começar de novo…Oi! Eu me chamo Fernando e você?!
- Ah que ridículo.
- Vai não custa responde.
- (Silencio)
- Ok! Vou te chamar de chata mesmo.
- Não! é Ana Beatriz
- Muito bem Ana Beatriz você me fez perder meu ônibus.
- Uhum! Eu fiz, claro!…Ela vai se afastando e indo em direção a escola, já havia perdido o primeiro horário.
Ele aumenta o tom da voz afim de fazer suas palavras alcança-la.
- Nos vemos amanha?!
- Claro que não.
Ele sorri … - Sabia que concordaria, até amanhã.

Ela se afasta cada vez mas apressada afinal já estava atrasada mais sem deixar de olhar para trás a cada momento.
Ele sobe no ônibus acompanhando ela se afastar com os olhos.
Que coisa de louco, duas vidas totalmente diferentes ligadas pelo acaso. Ela já não pensava em outra coisa é como se todos os garotos a sua volta se chamassem Fernando, como se as palavras ditas por ele ecoassem em sua mente, em suas lembranças o dia todo, não sabia ao certo o que sentia hora raiva, hora alegria.

Ele passa o dia todo pensando nela, agora a menina de cabelos escuros e boca rosada tinha um nome…Ana Beatriz. Como esquecer esses olhos Ana Beatriz? Como esquecer o perfume? Não podia ou talvez não quisesse esquecer.
Mais um dia em que ele cai da cama mais cedo, não via a hora de vê-la mesmo que fosse só pra irrita-la outra vez. Mochila surrada nas costas cabelo bagunçado ele para no ponto inquieto, receia que ela realmente não apareça.
No dia seguinte ao virar a esquina ela o percebe de longe parado no ponto de ônibus e sorri sem nem mesmo perceber, seu corpo estremece, mãos suando frio e no estomago as borboletas…

Malditas borboletas!

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2 comentários

  1. Ah que lindo gente. Li esse e a parte anterior.
    Muitas vezes as coisas acontecem em nossas vidas de formas inusitadas kkkkk
    Muito bom o texto.
    Parabéns

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