Só por uma noite.

16:50

A noite estava agradável então sai de bike, queria sentir a brisa no rosto. Brisa que quase me convencia estar em uma noite de primavera em pleno inverno. A noite parecia ser uma outra noite qualquer, mas embora eu nem desconfiasse estava completamente enganado. 

Apos alguns minutos pedalando sem rumo parei em um parque, e pra meu espanto apesar do avançar da hora ainda havia muita gente caminhando por ali, parece que não só eu havia pensado em aproveitar o clima bom desta noite. Olhei pro lado e quando me dei conta a avistei, caminhando e com olhares perdidos ao redor, como se sua mente estivesse bem longe. Linda, cabelos soltos parecia não ter nada que a afligisse em mente, de longe transmitia leveza.


Ela olhou pra frente e me avistou sentado no banco do parque, garrafa de água na mão e a bike do lado tentei disfarçar que a olhava, mas ela sorriu e veio em minha direção, sem receio ou timidez alguma, como se já me conhecesse e esperasse me ver ali.
- A noite esta especialmente linda hoje, ela diz. E eu respondo dizendo. 
- Perfeita para casais, para romances de filmes e contos. Ela sorri como se não acreditasse em uma palavra se quer que eu disse.

- Tens essa visão"poética" pra tudo? Ela pergunta meio sem jeito. Não respondo, só sorrio. O fato é que a vida nada mais é que uma poesia dessas que falam de dores e amores de uma só vez, misturada a contos eróticos se não, que graça teria viver?! Penso eu, enquanto a fito por alguns segundos e tomo a liberdade de convida-la para caminhar comigo.

A conversa flui tão agradável que mau notamos a hora passar, quando dou por mim o parque já esta quase vazio, e uma fina neblina começa a mudar a paisagem. Paramos em uma especie de quiosque, conversamos mais um pouco e percebo sua pele arrepiando de frio. Ela me diz que precisa ir, é tarde e o tempo esfria cada vez mais.

Não sinto vontade alguma de deixar-la ir, sem timidez a abraço brincando e dizendo que a aqueço se ficar um pouco mais, para minha surpresa ela me olha nos olhos de uma forma diferente e questiona como isso seria possível se assim como ela eu não tinha casaco algum. Sentindo seu corpo se aproximar cada vez mais do meu, respondo sua pergunta beijando sua boca, com minha mão em sua nuca e a outra encaixando seu corpo em mim.

Senti o teu gosto, teu cheiro, teu calor longe de tudo, de todos, do mundo e logo já estávamos mais que aquecidos. O lugar era perfeito, embora um parque público e a chance de ser pegos, a hora, a ausência de pessoas tornava o parque só nosso. Esqueci do resto, ou melhor fiz questão de não pensar onde eu estava, deixei meu desejo, meu tesão falar mais alto que a razão e ela não recuou em nenhum momento, me dando aval pra explorar seu corpo com minhas mãos.

Pude sentir cada centímetro do teu corpo, da tua pele arrepiada a cada toque, ela usava um vestido desses de verão leve e confortável já que o inicio da noite como já citei estava agradável e não exitei em ergue-la pra cima da mesa do quiosque. A mesa era fria de concreto mas ela não se queixou, embora seu corpo estivesse fervendo ela já nem sentia o frio da noite.

Deitei ela ali mesmo sem receio algum, sem pensar em nada ao redor, estávamos sozinhos e não íamos mais esperar. Subi seu vestido, beijei sua barriga e fui descendo até sua virilha, afastei um pouco de lado sua calcinha que era tão delicada quanto seu vestido e a senti molhada em minha boca, sabia exatamente o que e como fazer. A chupei ali enquanto sentia suas mãos em meu cabelo e seu quadril se contorcer de tesão. Sentir o teu prazer me excitava completamente, a desci da mesa e a virei de costas pra mim, arcando-a um pouco, deixando-a quase de quatro sobre a mesa, abri meu zíper e me encaixei dentro dela, até o fim, beijando tua nuca, tua orelha enquanto com uma das mãos a masturbava de leve. 

Eramos como dois animais, deixando o desejo e o tesão falar mais alto sem pensar em nada nem ninguém, nos pegamos, entregamos e matamos nossa sede com a urgência e rapidez que o lugar pedia, queríamos o prazer absoluto, o gozo e tivemos ali usando a adrenalina do receio de ser pegos como tempero pra esse fogo. 

De repente ouvi som de uma moto e parecia próxima dali, pensei que poderia ser do vigilante que fazia sua ronda noturna la dentro. Então, resolvemos ir embora, a levei até a portaria do parque, ela me acarinhou o rosto se despediu e partiu, não me deu endereço, telefone, e-mail, nada que pudesse alimentar a minha gana de vê-la outra vez, como se fosse possível. E eu? Fui pedalando para meu apartamento pensando na loucura que havíamos feito, de onde ela haveria surgido, pensando se um dia nos veríamos de novo, que não poderia ser somente uma noite, embora eu soubesse que aquela noite eu jamais esqueceria.

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